terça-feira, 21 de junho de 2011

V i- Megan is missing

Primeiro tenho que dizer que eu tenho uma espécie de mecanismo de defesa que uso quando vejo certos filmes. Pego o que aconteceu com o personagem (ele se ferrou) e penso:

Fulano, sua anta. Você procurou. Burro.

Sim, isso serve para filmes com certa dose de violência, então, sim, Megan is missing é um filme violento. Mais do que violento, é triste e chocante, mas que merece ser assistido.





Eis a sinopse:

A internet é um mundo cheio de perigos e estas duas adolescentes depararam-se com um deles. Baseado em fatos reais

*Curta não é?
O trailer:





Agora, minha singela opinião.

O filme que começa com o famigerado "baseado em fatos reais", querendo ou não, puxou aquela curiosidade mórbida em mim (não se faça, por que você também sente isso...). Michael Goi é o nome do diretor, e sendo roteirista de seriados, ele já ouviu consultores da polícia e investigadores, portanto teve acesso a histórias como a mostrada no filme. Na verdade, ela é uma colagem de sete casos envolvendo o desaparecimento de crianças pelas mãos de predadores sexuais.

(Uou.)

E a frequência desses casos fez com que ele quisesse fazer um filme para alertar aos pais sobre os perigos que seus filhos podem correr na internet. E ele mostra isso de forma beeeem crua e realista.
O filme tem um formato que eu particularmente gosto, o de documentário. Sabe aquela câmera tremida que algum dos personagens carregam? É, a coisa já foi vista em Cloverfield, REC e A Bruxa de Blair. Gosto desses filmes...Gostei desse também, mesmo que sejam evidentes vários furos de lógica no roteiro como os que falarei a seguir.




Bem, como protagonistas nós temos duas garotas cuja a relação de amizade é um clichê bem batido, vejam só:
Amy (13 anos) é uma garota quieta, insegura quanto a aparência, que se acha feia (não sei por que, afinal é uma mistura das "Irmãs Bolena" Scarleth Johansson e Natalie Portman, SÉRIO), comportada, deslocada que tem uma família carinhosa.
Sua melhor amiga é a Megan (14 anos) do título. O que ela é? Dããã, o oposto de Amy: confiante, desinibida (muito, muito desinibida), viciada em drogas, "saliente" com os garotos, e que vem de uma família destruída já que o pai morreu, seu padrasto abusava dela, e a mãe a odeia por que ele foi preso.
É...Tragédia pouca é bobagem.

De qualquer maneira, elas andam juntas, vão a "festinhas", vivem se falando seja por celular ou por webcam (de onde vem boa parte da edição do filme). Bem, Megan entra em um chat e conhece um garoto que ao contrário dos que ela já conhecia (no sentido bíblico da coisa...) é tímido e a trata bem. Não é preciso dizer que ela fica encantada e marca um encontro.
Também, não é preciso dizer que dá merda.
Megan some sem deixar vestígios além de uma gravação de uma câmera de vigilância que mostra um cara puxando ela pela mão. As investigações começam e...Pode-se dizer que começam também os furos.



Essas são Megan e Amy. Elas vão se dar muito mal.


Bem, já que Amy é MUUUUUIIII  amiga de Megan, tão amiga a ponto de os roteiristas simplesmente esquecerem que os pais dela existem, e esses por sua vez esquecerem que a melhor amiga da filha desapareceu depois que marcar um encontro com um fulano de chat, CONTINUAM , deixando a garota andar por aí livremente sozinha e entrar em salas de bate-papo.
Então, Amy também some.


Depois disso, eu comecei a ver o filme pensando naquilo que disse no início. Pensando que tudo aquilo que veio a seguir foi a consequência mais drástica possível a burrice juvenil das meninas....Isso não me impediu de sentir muita,muita pena.
Ok, achei o filme interessante. A relação das duas é bem crível, os atores são bons, diga-se de passagem.
Mas, resumindo, o filme é mais do que eficiente em seus propósitos ,entre eles o de dar o maior cagaço possível na garotada que vive com o nariz enfiado na tela do pc conversando com estranhos.
Um B-E-L-O de um cagaço.
Recomendo pra quem tem estômago. E filhos rebeldes.



imagens:porraman

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