Eis a Sinopse:
No filme, depois de um acidente causado por uma situação desesperada, Babydoll (Emily Browning) é confinada em um hospício por seu padrasto. Faltando cinco dias para a chegada do médico que vai lobotomizá-la (Jon Hamm), Babydoll encontra em sua imaginação uma maneira de se proteger. É nesse mundo de fantasia que, com a ajuda de suas amigas Rocket (Jena Malone), Blondie (Vanessa Hudgens), Sweet Pea (Abbie Cornish) e Amber (Jamie Chung), Babydoll terá que executar um plano desesperado, sua única chance de salvação.
Inception + Moulin Rouge + Kill Bill = Sucker Punch
O que dizer, e por que somei esses três ótimos filmes? Explico.
Primeiro, Sucker Punch tem algo de Inception (aqui no Brasil A Origem, esses adaptadores de títulos ...o correto seria INSERÇÃO, PÔ) por apresentar diferentes níveis dentro da mente de sua protagonista, a lindinha Baby Doll. Ela cria vários mundos para fugir da realidade terrível em que está presa. Na verdade seu padrasto cretino a trancou num sanatório, onde dentro de cinco dias será lobotomizada, então ela foge mentalmente. Primeiro se imagina em um bordel, onde apresenta números de dança e durante os tais números, vai a outras realidades cumprir a missão. Achei legal isso. Amo filmes em que mergulhamos na cabeça dos personagens. E que mergulho esse...
O bordel que Baby Doll imagina, é o primeiro nível. Lá ela e as outras garotas do sanatório são forçadas a dançar para sobreviver. Os figurinos são lindos, os cenários também. Perfeitos, dá pra ver o cuidado com que tiveram com cada detalhe. E é nessa parte em que entra o terceiro nível. Durante as danças de Baby Doll ela cria novos mundos onde precisa cumprir missões e conseguir cinco ítens que fazem parte do plano de fuga.
E é nesses mundos em que temos a ''porção Kill Bill'' da história. Lutas de tirar o fôlego, deslumbrantes, simplesmente, de um impacto visual tremendo, mesmo que não mostrem sangue nem vísceras. São muito bem coreografadas, incríveis. Óbvio que nesses mundos, Baby Doll tem a força e a coragem que não tem nos outros dois. Ali ela consegue lutar e se defender munida de uma katana e uma pistola, enquanto que no bordel e no sanatório ela não é nada perto de seus algozes. Seu próprio nome demonstra sua fragilidade, Baby Doll = Bonequinha. Ela parece mesmo feita de porcelana.
Então, como o diretor Zack Snyder falou ,se trata de " um sonho, dentro de um sonho dentro de um pesadelo'', com certa sincronia entre os três.
Bem...o roteiro é meio frágil, não sei, porém a lição de moral parece que foi mal encaixada na história.Certas burradas cometidas por algumas personagens também irritam. No mais, é o único elo fraco, e pra mim, desaparece em meio ao delírio. É isso que o filme é, um delírio, afinal onde mais você veria um dragão perseguindo um avião de guerra?
Ou um grupo de garotas armadas invadindo um bunker cheio de nazistas zumbis com White rabbit tocando ao fundo?
E a luta do início então? Entre Baby Doll e os samurais sinistros? DESLUMBRANTE. Eu fiquei rindo sozinha olhando aquilo, era lindo...
(Pode rir ou me achar idiota, eu não ligo, eu achei arrebatador.)
E a igreja de Notre Dame destroçada, que dava um uma trincheira. Sinceramente, a Paris detonada de Sucker Punch consegue ser mais impactante que a Paris dobrada sem gravidade de A Origem. Não pensava que diria isso, mas a cena de Inception que mais me tirou o fôlego fica abaixo da panorâmica de Sucker Punch, com seus zepelins, aviões e soldados zumbis...
Outra coisa é a trilha sonora. Maravilhosa, encaixa perfeitamente em cada momento como se o filme fosse feito de vários clipes, intríseco com o que vemos na tela.
Bem. Se você não curte finais atípicos. E não consegue apreciar um espetáculo áudio-visual sem se preocupar com pequenas falhas no roteiro então não vai gostar de Sucker Punch. Mas se você procura um filme único, vertiginoso e emocionante, então assista.
imagens: omelete
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