quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Top 5 filmes que não valem - pt 2

Olá people! Como vocês vão nesse glorioso feriado?


Pois é, faz uns meses que eu postei aqui uma lista de 5 filmes que "não valiam". Não valiam o quê? 


Várias coisas. O dinheiro que gastaram pra fazer, o preço que cobraram pelo ingresso (às vezes, por que graças ao bom senso de algumas distribuidoras, eles não chegaram a passar no cinema, mas volte e meia nos assombram tanto na TV aberta quanto na TV a cabo), o tempo que é gasto assistindo e por aí vai...Enfim.


Como a vida e cruel e as pessoas piores ainda, existem muitos, mas MUITOS filmes que não valem, então, pensei :


"Por que não fazer uma segunda lista?"


Fiz, e aí está.  Lembrando todo aquele lero-lero politicamente correto, que as opiniões são minhas e blá-blá-blá, wiskas sachê...


Se você já viu alguma dessas pérolas (no pior sentido possível) sinta-se a vontade pra concordar comigo, mas se não viu, já fica avisado.




Então lá vai, TCHAN-TCHAN-RA-RAM, os TOP 5 FILMES QUE NÃO VALEM PARTE 2!!!
















5 - O apanhador de sonhos.
Sinopse:



Amigos de infância se reencontram para uma viagem. Eles encontram um sujeito misterioso e descobrem um perigoso mundo alternativo, que os desafia a enfrentar seus dramas pessoais e impedir que um mal maior seja libertado.


"Foi daqui que pediram um cachorro pra uma sequência de "sinta pena do bichinho machucado?"




Bem...Por onde começar...
Ok.


Esse filme é a adaptação de uma obra do Stephen King, um dos meus autores preferidos, o mesmo cara que escreveu O iluminado...Porém...O APANHADOR DE SONHOS É UM SACO!!!
Não é que o filme seja mal feito. Até que não é. Os efeitos não são um primor, mas são ajeitadinhos. Os atores são bons e os personagens até que são carismáticos porém a impressão que dá é que pegaram dois filmes diferentes e "cruzaram" num híbrido meio esquizofrênico que não dá certo nem como ficção científica nem como suspense psicológico.
Em um momento estamos tentando entender a dinâmica do grupo de protagonistas, no outro de onde eles tiraram os poderes e no outro testemunhamos um grupo de helicópteros atacar uma gigantesca espaçonave e massacrar centenas de alienígenas DO MAL...


Gosto de coisas diferentes, mas essa ideia é macarrônica demais, e não no sentido complexo e intrincado no modo e que "acende" novas perspectivas dentro da cabeça, não. Achei macarrônico no sentido tosco, de perguntas que ficam no ar não intencionalmente mas por preguiça do roteirista em achar uma explicação plausível ainda que complicada pra várias questões que acabam se transformando em crateras no plot, como por exemplo:


"Por que os quatro telepatas não preveram o que estava por vir?"
"Qual a relação entre Duddits e Mr. Grey?"
"Afinal de contas, qual é a real natureza de Duddits?"


Não li o livro, na real, nunca vi ele "ao vivo" em nenhuma livraria. Talvez ele tenha essas respostas, mas o filme em si prefere ignorá-las. Se você não quer perder muuuuito tempo, não veja esse filme.




4 . Resident evil 4 - Recomeço


Que filme estúpido. Sinopse:





A trama mostra o mundo devastado por um vírus e a jornada de Alice para encontrar sobreviventes e protegê-los. A batalha contra a Umbrella se torna mais violenta e a heroína recebe a ajuda inesperada de um velho amigo. Em Los Angeles, um local parece ser seguro para quem ainda não foi infectado, até que a região é invadida por milhares de zumbis que os colocará em risco em uma armadilha mortal.



Esse filme é muito idiota. Tô falando a grosso modo, mas é mesmo..


Simplificando essa sou eu, assistindo a primeira cena, achando que ia ver altas coisas:






Isso sou eu assistindo o desenrolar da trama:








Minutos depois, essa sou eu consciente de que o filme ia ser uma MERRRRRRRDAAA!










Resumindo numa lista:


- A Alice. Puxa, eu gosto da Milla, ela é uma das minhas atrizes preferidas, mas nesse filme ela tá muito chata. O tom de voz dela sempre monótono sem nenhuma alteração, putz, que que é aquilo? Fora a cara dela, veja bem: Ela vive num mundo pós- apocalíptico, é uma nômade, andando de teco-teco pra lá e pra cá, mas mesmo assim tá SEMPRE maquiada como se tivesse num editorial de moda...Aliás, TODAS as mulheres do filme tão impecavelmente maquiadas. Putz...





"Diesel jeanswear...."




-O roteiro é um caso à parte, cheio de furos de lógica, tomamos por exemplo os poderes da Alice: se ela pode explodir concreto dilatando as pupilas, por que não faz o mesmo com os vilões? E com os zumbis?


-Ah! Os zumbis, outro caso. Gosto muuuuuuuuuitoooo de filmes de zumbis, por isso, fiquei bem empolgada com a sequência inicial, numa rua do Japão, chovendo. A estética da cena é linda, temos aqueles guarda-chuvas todos vistos de cima, a chuva caindo, o pessoal caminhando distraído.Então percebemos que lá no meio, tem uma japa se transformando em zumbi. Sim, minha expectativa era alta. Pensei: "BAHHHH AÍ VEM UMA BAIIIITA CENA, BAHH!!!!!!!!!!!!" 


Qual foi minha surpresa em ser praticamente "puxada" pra longe da cena...Explico:
Assim que a  japa morde um japa aleatório, a câmera de afasta pra cima, e se afasta, e se afasta....Que droga! Eu queria ver a coisa se espalhar, e o pior é que zumbis que é bom,  quase nada. Sério, o filme se ocupa em nos mostrar um desfile de aberrações cheias de dentes, tentáculos, bocas estrambólicas e mil e um tereréus, criadas pelo T-vírus deixando a coisa mais legal de lado. Ou de fora. Enfim...


-A montagem do filme...Que montagem, a palavra chave aqui é "Fade-out". Nunca vi tantos. Parecia que tava assistindo a um trailer de 100 minutos...Aff. Como disse minha mãe, esse é o recurso quando o diretor não tem como ligar uma cena na outra. Exato.


-Os personagens. Custava fazer eles mais interessantes. Sim, nós temos o típico grupo "zombie movie", onde cada um espera sua vez de empacotar, o problema é que isso é TÃO, MAS TÃO ÓBVIO que a gente nem se importa. A gente sabe que fulano vai morrer, que cicrano também, que beltrano também. No fim, o filme termina praticamente como quando começou, e aquele bando de gente só serviu pra encher linguiça, ou, barrigas. E o vilão então? Tava esperando a hora em que ele ia se multiplicar que nem o agente Smith, de tão "Matrix" que ele é...


-A produção é capenga. Os personagens caem, tomam porrada e tudo, mas NUNCA se ferem, nenhum arranhão.


Enfim, esse filme só é legal pelo 3d. 


E isso aí sou eu depois de ver tudo:



ARRRRRRRRRRRRRRRGGGGGGGGG!!!!!!






3. Fim dos tempos.
Sinopse:

O filme é descrito como um "thriller paranóico" sobre uma família tentando sobreviver a uma crise ambiental que representa um enorme risco para a humanidade.




Quem acompanhou a carreira de M.Night Shyamalan sabe que a coisa está indo ladeira abaixo. Muitos dizem que isso começou em A Vila. Pessoalmente discordo, acho que foi em A dama na água que ele perdeu de vez o tom. Ele sempre tentou ser original mas errou a mão legal tentando recriar o invencionismo que marcou o início de tudo em “Corpo Fechado”. 
Ter uma justificativa pautada em “uma neurotoxina espalhada pelo ar que desativa o instinto de auto-preservação levando ao suicídio” resultando numa pá de cenas de gente correndo do VENTO beira o ridículo, pra não dizer o cômico.

Os atores são forçados a dizerem suas falas naquele tom pausado (típico do M.N.S.) encarando a câmera. Acho irritante, ainda mais pelo absurdo da situação e a solenidade da coisa toda.


"Vamos...Dizer as falas...De maneira...Pausada...E...Solene...Cheia...De...Reticências..."



Elenco mais pra lá do que pra cá também, especialmente a Zooey Deschanel, virada numa caricatura...Triste. Tá certo que ela não é uma grande atriz, mas caramba, que personagem mais chinela.
Cenas “desnecessariamente necessárias” inseridas por pura preguiça, como a longa explicação da velha sobre o tubo subterrâneo para conversas a distância. Minha vontade foi encarar a TV e declarar:

“NÃãÃãoo...NEeeeem imagino que isso será usado mais tarde, numa cena importante. Ah! Vou cair que nem um pato, pode crer...”

Referências sobre um anel do humor que não levam a lugar nenhum.
Desvios na trama só pra encher lingüiça e fazer o filme ser mais longo.
E por fim, a conclusão.
Esse filme só se baseia no impacto das cenas de suicídio. Praticamente só conta com isso pra nos prender a atenção, por que o resto foi simplesmente cuspido, ou melhor, escarrado na tela.








2. Dungeons e Dragons.
QUE FILME POOOOOOODRE. Não acredito que gente talentosa se prestou a fazer parte dessa michórnia!
Personagens ridículos, cenas sem sentido, produção tosca, roteiro bizonho, AFFF. Paro por aqui, se quiser saber mais, vai no Google. Não vou nem postar sinopse, nem figura nem nada de tão injuriada que fiquei só de lembrar dessa bomba!






1. Flicka 2- Amigas para sempre.


Um atentado.
Olha...Eu não sei o que dizer primeiro sobre essa "coisa". Acho que estou sendo passional demais, como fui falando de outra continuação...Sim, no outro post falei de S. Darko ( BLAAAAAAAAAAARGGGGHHH) que não era simplesmente "chôcho" comparado a Donnie Darko, uma obra prima. Não. S. Darko é uma BOMBA. UMA PORCARIA CAÇA-NÍQUEL que é ruim por si só.


Flicka 2 também é uma continuação , acontece que "Flicka", o primeiro filme não é nenhuma maravilha, é apenas cativante e bonitinho. Um bom "horse movie" (uma categoria muito extensa, qualquer dia faço um post só sobre ela, rs), que entretém e também emociona, feito nos moldes tradicionais. É ok. Vou mostrar uma sinopse, pra vocês ficarem por dentro:



" Katy é uma garota de 16 anos sonha em continuar a tradição de sua família trabalhando no rancho de seu pai, no Wyoming dos dias de hoje.  Ela encontra uma égua selvagem que batiza de "Flicka" (linda menina em sueco) e tenta domá-la. O problema é que Flicka é tão temperamental quanto a garota. Adaptação contemporânea de "Minha Amiga Flicka", famoso livro de Mary O´Hara."

Vou ser breve. Pode-se dizer que Flicka é um filme realista. Não existe nenhuma mágica. Katy luta pra conseguir socializar com Flicka e leva tombos e coices. É isso, mais detalhes, qualquer dia desses eu conto.



Sinopse:

Carrie (Tammin Sursok) é uma adolescente da cidade grande, cuja vida sofre uma reviravolta quando ela se muda para um rancho de criação de cavalos no Wyoming para viver com seu pai (Warburton). Mas as coisas mudam quando Carrie conhece Flicka, uma égua Mustang preta que é tão indomada e temperamental quanto a própria garota. As duas formam uma conexão muito especial e Carrie se aproxima de seu pai e de um atraente garoto da região, mas quando uma rival enciumada coloca a vida de Flicka em perigo, Carrie fará de tudo para salvar sua melhor amiga.

Essa é a sinopse de Flicka 2. Parece parecida com a primeira? Só em alguns pontos, por que de resto, ela é diferente, e da PIOR maneira possível. Comecemos pela protagonista.
Se no primeiro filme,  tínhamos Alison Lohman, talentosa e crível, fazendo uma personagem realista (realismo é um termo que vou usar bastante) e com camadas, ainda que não fosse perfeita, aqui temos a desconhecida Tammin Sursok (Who the hell?) encarnando uma caricatura de rebelde sem causa, tratando o pai e as outras pessoas como lixo.
Veja bem: ela é o estereótipo padrão para a situação, fazendo usos de frases do tipo "Odeio mato!" e "Preciso do meu celular!", ela fica guinchando e se lamuriando em tempo integral...Um saco. Totalmente rasa e sem carisma.




"Ain...Como eu sofro largada nessa fazenda perfeita, cheia de lindos cavalos em volta, morando com um pai que faz todas as minhas vontades, e com um pseudo-interesse amoroso à espreita..."



Ah, e o pai dela também é um babaca.

Então, ela encontra a égua, numa sequência digna de filmes da Xuxa. Naturalmente, a conexão MÁGICA E IMEDIATA entre as duas é atirada na nossa cara, quando a garota resolve acariciar a égua sem nenhuma reação adversa do animal (lembrando que no primeiro filme, Flicka era extremamente geniosa e agressiva até se acostumar com Katy).
Blábláblá, clichês do tipo "Ai, agora que eu te encontrei, eu me sinto completa e até uma pessoa melhor!", todo o repertório de situações batidas, quando a garota percebe que ter um cavalo é mais legal que ter um skate. Detalhe é que a garota cresceu e viveu na cidade praticamente a vida toda, mas de uma hora pra outra vira uma amazona melhor que a Xena...

Então as coisas descambam de vez quando ela se interessa pelo namorado da Miley Cirus? por outro personagem TÃO ruim quanto os que já tinham aparecido. Nem lembro do nome do ser, mas é um frangotinho louro,  arremedo de caubói, tão falso quanto os caubóis do Chapolim (lembra?) e então nós temos o "piada" mais desesperadoramente tosca da história do cinema, que me fez querer bater com a cabeça na parede até tirar aquele registro de dentro da minha mente, que eu não vou me dar ao trabalho de repetir...Não mesmo.






"DÃÃÃ....Eu sou o louro insípido e perfeitchênho, objeto de desejo da mocinha idiota...."






Então tá nessa merda toda, quando acontece uma competição (CLICHÊÊ-Ê) entre a piveta "rebelde" e uma outra garota esnobe (loura, óbvio) que também tava a fim do galeto insosso e por birra queria pegar a Flicka pra ela. Mais umas coisas idiotas acontecem e o filme acaba.


Saldo final?

Apenas uma pergunta:

POR QUÊ SOLTARAM ESSA BOMBA? POR QUÊ???

Flicka, o primeiro filme, apesar de bem feitinho e bláblá, foi um fracasso nos EUA, chegando aqui diretamente em DVD. Então surgiram com "isso", essa coisa TOSCA, que vê-se claramente não foi fruto de gente inspirada, preocupada em fazer um filme razoável ou interessante. Dá pra notar o desleixo da produção, da direção, das atuações e principalmente do roteiro entregando situações constrangedoramente batidas (a menina revoltadinha, o pai capacho, o caubóisinho lambido com pinta de backstreet boy, a patricinha malvada querendo avacalhar a mocinha chata) e por aí vai. E a Flicka? Mataram o que era pra ser o fio condutor da história. Aqui ela virou só um acessório numa disputa de duas personagens igualmente ridículas, que só diferem pelas roupas e cor dos cabelos.

Afff...Mas que nojo. Sério. Eu vi esse filme na tv a cabo, queria mesmo saber a sequência daquele filme bonitinho que tinha vista a uns  quatro anos, mal sabia eu em que furada estava me metendo e o nível de desgosto que a experiência ia me proporcionar. Acho que Flicka 2 foi feito exatamente pra passar na TV ou pra ser alugado por dois tipos de público:

-Ou fãs do primeiro filme desavisados.
-Ou as menininhas estúpidas acostumadas com histórias rasas e pobres em conteúdo, sem o MÍNIMO de senso crítico, que vão engolir qualquer coisa, só por que o mocinho é "bonitinho", ou por que a mocinha anda de skate, ou por que gostam de cavalos.

Mas pelo que vi, a segunda hipótese é a mais compatível com a realidade, já que quem gostou de Flicka, se for minimamente inteligente, vai acabar o filme com uma vontade imensa de atirar a TV pela janela mais próxima.

E é isso aí, agora me despeço momentaneamente dessa coisa  tããão divertida que é falar mal de filmes. Espero que tenham gostado. Em breve, acredito, teremos uma nova lista de filmes indignos por que infelizmente, isso é uma coisa que não falta... Nunca vai faltar.










fontes: cinema em cena, luke himself,
tumblr, final de tudo,know your meme, sucker punch cinema.










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